Primeiro há que referir 2 Subordens:
- Pleurodira - não escondem o pescoço totalmente
- vertebras permitem um largo grau de movimentos laterais mas pouco cima/baixo
- têm 13 scutes no plastron da carapaça
- Cryptodira - escondem totalmente o pescoço
- vertebras permitem mover o pescoço para cima e baixo mas pouco lateralmente
- têm 12 scutes
A subordem Cryptodira inclui a maioria de tartarugas vivas e cágados.
Dentro desta existem as duas Famílias que nos interessam neste post.
Família Cheloniidae
- Tartaruga comum ou T. boba - Caretta caretta
Esta é a espécie mais comum em águas
açoreanas. Estes animais passam os primeiros 6-12 anos da sua vida, fase vital denominada de estado oceânico ou pelágico, em águas portuguesas (Bjorndal et al. 2000, Bjorndal et al.2003a). As populações insulares são, portanto, compostas exclusivamente por indivíduos juvenis não maduros. (ICNB)
Apresenta 5 pares de placas costais, o anterior tocando a placa nucal.
Possui 5 pares de placas vertebrais.
Bico unguloso mais forte do que em outras tartarugas.
- Tartaruga Verde - Chelonia mydas
Ao contrário de outros membros de sua família, como a tartaruga-de-pente e a tartaruga-comum, a tartaruga-verde é principalmente herbívora.
A seguir à tartaruga-de-couro, esta é a maior tartaruga
marinha. Em média o comprimento da carapaça das fêmeas que nidificam na Florida
é de 1 m. O seu nome comum tem origem
na cor da sua gordura.
Possui 5 placas vertebrais.
- Tartaruga de Escamas ou de Pente - Eretmochelys imbricata
Os
adultos reconhecem-se facilmente pelas escamas sobrepostas da sua
carapaça e pela margem posterior da carapaça extremamente serrilhada. As
escamas apresentam, muitas vezes, riscas radiais castanhas e pretas
sobre um fundo amarelo-âmbar. O comprimento da carapaça não ultrapassa
os 115 cm. A cabeça é estreita, dotada de 2 pares de placas pré-frontais
e seu bico tem a forma de um bico de falcão.
O número de placas da
carapaça é semelhante ao da tartaruga verde (Chelonia mydas):
5 placas vertebrais,
4 pares de costais (a primeira não toca na placa nucal).
- Tartaruga de Kemp - Lepidochelys kempii
Esta é a mais pequena das tartarugas marinhas. Todas as
fêmeas de tartarugas-de-Kemp escavam os seus ninhos no Mexico, 95% na praia
do Rancho Nuevo, onde em 1947 contaram 40.000 exemplares. Vinte anos mais
tarde restavam apenas 2000. A recolha de ovos para fins gastronómicos foi
a principal causa de declínio. Esta é a mais ameaçada das tartarugas marinhas. (fonte)
As fêmeas adultas medem apenas 60 a 70 cm de comprimento direito da carapaça e pesam 35 a 45 Kg.
É constituída por 5 placas vertebrais,
5 pares de costais.
- Tartaruga olivácea - Lepidochelys olivacea
A tartaruga-olivacea é por vezes confundida com a tartaruga de kemp (Lepidochelys kempii),
devido às suas semelhanças morfológicas.
O número de placas da cabeça e
da carapaça é semelhante nas duas espécies. O corpo é
menos achatado do que o da sua congénere e a carapaça apresenta as
margens laterais voltadas para cima e o topo achatado.
- Tartaruga da Austrália - Natator depressus
Distribuição. As bolas a vermelho são zonas de postura. |
Família Dermochelyidae
- Tartaruga de Couro - Dermochelys coriacea
A tartaruga-de couro é a maior de todas as tartarugas marinhas.
Um animal adulto pesa em média 360 kg e possui uma carapaça com cerca de 1.6
m de comprimento, podendo atingir 3 m de comprimento total, ou seja, da ponta
do bico até à extremidade da cauda. São grandes mergulhadoras, podendo descer
aos 1000 m de profundidade. Ocorrem nos Açores quase todos os anos, sendo
por vezes, infelizmente, encontradas afogadas embrulhadas em redes de pesca
perdidas.
A
sua carapaça é única na medida em que, em vez de placas duras, é coberta
por uma camada contínua de pele fina e possui uma série de sulcos
longitudinais (7 na região dorsal e 5 na face ventral). Outras
características distintivas desta espécie são a ausência de unhas, as
suas grandes barbatanas (com cerca de 1m nos adultos) e o reduzido
esqueleto, já que muitos ossos presentes na carapaça das outras
tartarugas estão ausentes na tartaruga de couro.
Faltam as placas de esmagamento e mastigação características das tartarugas marinhas que se alimentam de presas de corpo duro (Pritchard 1971). Em vez disso, elas têm dentes tipo cúspides e nítidas garras afiadas que estão adaptados para uma dieta de presas de corpo mole pelágicas, tais como medusas. A boca e a garganta também têm espinhos para trás que ajudam a reter a presa gelatinosa.
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