Venerupis Pullastra

Andava eu às compras (sim sou eu que faço as compras de comida semanalmente aqui para a minha casa, apesar de não ser com o meu dinheirinho, mas sou eu que escolho que fruta iremos comer, que legumes, que comida irei fazer ou sugerir que façam e tenho ainda a vantagem em que me ponho em modo de piloto automático e faço tudo rápido mas sempre atenta ao preço/kg e à qualidade) quando, como de costume, parei na parte do marisco, que tanto eu adoro cozinhar e ligo muito à qualidade e vejo, na zona dos congelados (infelizmente tem de ser nessa zona, quando preciso de produtos frescos que tenciono cozinhar no própria dia ou no seguinte, levanto cedo e vou ate à praça) e dou com isto:

imagem:martroiamarisco

Venerupis Pullastra - Ameijoa Macha

Bonito aspecto não é? Na descrição do produto, que eu verifico sempre o local donde provêm, dizia "Atlântico".

Muito esclarecedor não é verdade?

Eu fui então pesquisar e descobri que é uma ameijoa que pode ser produzida em viveiros/aquacultura cá em Portugal ou então o di-to "Atlântico", fonte natural destas ameijoas, é considerado a Ria Formosa ou a Ria de Aveiro. Se formos a ver bem, a Ria de Aveiro não é propriamente considerada não poluida não é? Bem como a Ria Formosa em certas ocasiões. Porque não escrevem então, no rótulo do produto o local especifico onde é apanhado? Querem enganar o consumidor? Quando li "Atlântico" pensei na nossa longa costa, no oceano propriamente di-to, não numa ria. E como este produto, ocorrem muitos outros. É claro que eu muitas vezes como alimentos, por exemplo linguados e enguias, que  acabam por ser apanhados em zonas com niveis de poluição considerados, mas tomei essa decisão mesmo sabendo isso. Não por ignorância ou por me atirarem areia para os olhos, como fazem muita vez na praça em que dizem:
"Sim, sim menina! É ameijoa-pedra" 
quando eu sei que a ameijoa à minha frente, é japonica, a praga do rio Tejo, poluidíssimo..

Achei ainda interessante, quanto à Ria de Aveiro, referir quanto à época de captura o seguinte paragrafo, que encontrei num trabalho publicado no IPIMAR

"Tendo em conta o longo período de postura da amêijoa-macha na Ria de Aveiro, que decorre de
Março a Novembro, propõe-se que a época de defeso, cuja duração deve ter em consideração,
entre outros aspectos, o ciclo reprodutivo das outras espécies comerciais de bivalves, seja
implementada no período de maior intensidade de emissão de gâmetas, ou seja, entre Junho e
Setembro.
"

2 comentários:

  1. 90% das ameijoas machas comercializada no pais e do tejo ..........................

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  2. Se forem capturadas na Ria de Aveiro, não são nada más. Além da Ria de Aveiro ser sempre uma Ria, não tem nada a ver com o Tejo em termos de poluição, sobretudo após a implementação do sistema de despoluição da Ria de Aveiro (SIMRIA), foi um investimento colossal, mas que deu excelentes frutos. Eu como-as regularmente e garanto que são excelentes.

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